Como funciona o novo modelo integrado criado pela Firjan?

É um modelo de soluções integradas. O Senai tem vários centro de tecnologia, em áreas temáticas transversais de conhecimento, e nós estamos utilizando essa grande variedade de possibilidades para oferecer soluções integradas ao mercado, que geralmente precisa buscar cinco ou seis empresas para resolver as diferentes questões de seus projetos.

 

Pode detalhar?

Para a OTC estamos trazendo informações sobre as áreas que são mais afins ao setor de óleo e gás. Por exemplo, temos o Centro de Tecnologia Senai de Solda (CTS Solda), especialista em toda a parte de materiais metálicos e que está começando a trabalhar com polímeros; temos o CTS Ambiental, voltado para gestão e monitoramento ambiental, e tudo relacionado ao meio ambiente; e o CTS de Automação e Simulação, cujo foco envolve toda parte de simulação virtual, tanto de produção, quanto de automação industrial e modelos matemáticos. Então, cada centro desses oferece grandes soluções, que se assemelham a outros prestadores de serviços do mercado.

 

Quais são as vantagens para o mercado?

É muito difícil achar alguém que ofereça tudo de forma integrada, uma solução completa em todas essas áreas de conhecimento, que envolvem o setor de óleo e gás. Então isso confere agilidade e conforto, por ser uma interlocução única. Além disso, inovação e compartilhamento de conhecimento, porque dentro da mesma empresa há uma equipe multidisciplinar discutindo a melhor solução para o cliente. Outra questão é a credibilidade do Senai na indústria.

 

Serão vendidos como pacotes de soluções às empresas?

Não é um pacote, é um modelo. Estamos prontos para qualquer que seja o desafio e a complexidade para integrar a solução. Estamos fazendo uma representação visual através de uma mesa aqui na feira para que os clientes vejam como essas áreas se encontram. Colocamos demandas possíveis em várias partes de um FPSO que mostram a integração. Por exemplo, se há uma fissura em determinado ponto da unidade, que gera um vazamento, podemos simular isso e remediar, fazendo testes inclusive para a melhoria da estrutura do FPSO. Podemos customizar e montar um projeto, oferecendo a solução integrada de acordo com a necessidade do cliente.

 

A Petrobrás é um dos focos?

A Petrobrás é um cliente que já temos. Estamos desenvolvendo 14 simuladores para as mais diversas aplicações da empresa, como controle de processos, lastro de plataforma, entre outras funções. Estamos implementando um laboratório de excelência em soldagem, que deverá ser o maior da América Latina, para o programa de corrosão zero da Petrobrás. Está sendo construindo no Rio de Janeiro.

 

Qual o objetivo da Firjan na OTC?

Do ponto de vista dos centros de tecnologia, nosso objetivo é apresentar a nossa competência e as soluções integradas para que possamos prestar serviços e soluções para a indústria do setor. Temos algumas reuniões agendadas, com grupos de empresas canadenses e de outros países.

 

Como a Federação tem buscado se envolver com o setor de óleo e gás?

Estamos já há bastante tempo, independente das soluções integradas, desenvolvendo projetos pontuais, tanto em pesquisa e desenvolvimento, quanto em prestação de serviço direto. Com a Petrobrás temos vários desenvolvimentos, já fizemos vários serviços com o grupo EBX, serviços grandes na área ambiental. Na parte de indústria naval, também temos uma série de projetos. Então é um setor em que temos tradição.

 

Esse modelo de soluções integradas serve a todas áreas?

Com certeza. O modelo que estamos trazendo para a feira é aplicado na fase do projeto de construção e de operação de um FPSO, mas ele pode ser utilizado tanto na área de exploração e produção, quanto em distribuição, abastecimento, refino, enfim, em todas as fases da cadeia.

 

Quais são as expectativas com a participação na feira?

Que a indústria reconheça a nossa competência e a possibilidade desse tipo de aplicação em seus negócios, já que é um diferencial em relação ao que se tem no mercado. Queremos dar visibilidade a esse modelo de solução integrada.

 

Fonte: Petronotícias