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FIRJAN: PETRÓPOLIS É A 7ª NO RANKING DAS CIDADES DO RIO DE JANEIRO QUE MAIS EVOLUÍRAM

 

Com recorte municipal e abrangência nacional, o IFDM avalia as condições de Educação, Saúde, Emprego e Renda de todos os municípios brasileiros. O índice varia de 0 (mínimo) a 1 ponto (máximo) para classificar o nível de cada cidade em quatro categorias: baixo (de 0 a 0,4), regular (0,4001 a 0,6), moderado (de 0,6001 a 0,8) e alto (0,8001 a 1) desenvolvimento. 

 

Os resultados obtidos têm base em informações oficiais dos ministérios da Educação, Saúde, Trabalho e Emprego. Nesta edição foram utilizados os dados de 2011, o que permite a comparação do desenvolvimento dos municípios com o ano de 2010 – último ano da primeira década do século XXI. A metodologia foi aprimorada para captar os novos desafios do desenvolvimento brasileiro na segunda década do mesmo século.

 

Primeira colocada no ranking da Região Serrana, Petrópolis se manteve líder na região com avanço nas vertentes Emprego e Renda e Educação. Areal, na segunda posição, também se destacou e foi o único município a apresentar avanço nas três vertentes, incluindo os altos conceitos em Emprego & Renda e Educação. 

 

Todas as cidades da região avançaram no IFDM-Educação. Paraíba do Sul foi o que alcançou a melhor avaliação (0,8307), tendo sido considerada com alto desenvolvimento, a única da serra nesse patamar.

 

O IFDM-Saúde, na região, foi a vertente com maior número de municípios com alto desenvolvimento: Petrópolis (0,8448), Areal (0,8418) e Paraíba do Sul (0,8415), com destaque para Areal, que avançou 11% frente a 2010, alcançando, assim, o alto desenvolvimento em saúde básica.

 

Na vertente Emprego e Renda, os municípios da região se concentraram nas classificações intermediárias: quatro apresentaram desenvolvimento moderado, dois registraram desenvolvimento regular e apenas um ficou com alto desenvolvimento: Areal. 

 

No ranking geral do estado do Rio, Resende ocupa a primeira posição, com 0,8349 ponto. Em seguida, está Volta Redonda, que se destacou por ser a única cidade a registrar alto nível de desenvolvimento nas três vertentes analisadas pelo IFDM, status conquistado por conta do expressivo avanço no IFDM-Emprego e Renda e à melhora no IFDM-Educação. Já a terceira colocação no ranking estadual é ocupada por Nova Friburgo, seguida do município do Rio de Janeiro, que também ultrapassou a fronteira do alto desenvolvimento devido, principalmente, ao avanço da variável Educação. Entre as capitais brasileiras, o Rio é a 9ª melhor colocada. Japeri manteve-se na última colocação no ranking do estado do Rio.  

 

Brasil avança em Educação e Saúde e mantém nível de desenvolvimento moderado 

 

Em um cenário nacional de desaceleração da geração de empregos e menor crescimento da renda, o IFDM revelou que a Educação e a Saúde foram os grandes destaques para que o Brasil mantivesse em 2011 o nível de desenvolvimento moderado observado na última década. O avanço nas duas vertentes fez com que o país atingisse 0,7320 pontos no índice, um crescimento de 1,8% na comparação com 2010. 

 

O IFDM-Educação atingiu 0,7355 pontos em 2011 e foi o indicador que mais cresceu em relação ao ano anterior (3,9%). O crescimento ocorreu em 81% dos municípios e refletiu, principalmente, o aumento das notas do Ideb em 3.918 cidades (70,4% do total). O resultado fez com que a maioria dos municípios (54,8%) ficasse com desenvolvimento moderado nesta vertente, enquanto 25% atingisse o alto desenvolvimento. Ainda assim, 20% do país apresentaram indicadores de educação regulares ou baixos. 

 

O IFDM-Saúde cresceu 2,1% em 2011, atingindo 0,7387 pontos e com melhora no indicador em 65% dos municípios. Os resultados refletem a evolução de todas as variáveis que compõem o IFDM-Saúde, em especial do indicador de internações sensíveis à atenção básica, que teve um incremento de 3,6%. Analisando essa vertente, o número de municípios com alto desenvolvimento subiu de 1.415 para 1.583, com destaque para as regiões Sul e Sudeste. Apesar da melhora, o número de municípios com baixo desenvolvimento no IFDM-Saúde é dez vezes maior do que o observado no IFDM-Educação. Somente as regiões Norte e Nordeste reuniram 260 dos 303 municípios de baixo desenvolvimento nesta área.

 

Já o IFDM- Emprego e Renda foi o único que recuou em 2011, passando de 0,7261 para 0,7219 pontos (-0,6%). O número de municípios com alto desenvolvimento caiu de 124 para 97, enquanto o de municípios com baixo desenvolvimento aumentou de 1.624 para 1.686. Os dados refletem a desaceleração da economia brasileira naquele ano, quando o saldo de geração de postos de trabalho com carteira assinada foi 23% inferior ao registrado no ano anterior.

 

No resultado geral, 3.653 (66,7%) cidades iniciaram a nova década em situação melhor do que terminaram a passada, sendo que apenas 332 (6,0% do total) alcançaram o nível de alto desenvolvimento. No ranking nacional do IFDM, houve a predominância total de São Paulo nas 10 primeiras colocações. Neste grupo, praticamente todas as cidades apresentaram alto desenvolvimento nas três áreas analisadas. A primeira cidade colocada no ranking foi Louveira (SP), com 0,9161 pontos, seguida de São José do Rio Preto (SP), com 0,9156. Nas duas últimas posições do ranking nacional estão Santa Rosa do Purus (AC), com 0,2819 pontos, e Atalaia do Norte (AM), com 0,2916 pontos.

 

Entre as capitais brasileiras, Curitiba (PR) ocupou novamente o topo do ranking, enquanto São Paulo (SP) e Vitória (ES) alternaram suas posições. A capital paulista assumiu a segunda colocação por manter um bom desempenho na vertente Emprego e Renda, indo na contramão das demais capitais que, em grande maioria, apresentaram recuo na geração de empregos. Estas três cidades e Palmas (TO), quarta colocada no ranking das capitais, integram o rol dos 100 maiores IFDMs do Brasil. 

 

Nível de desenvolvimento ainda é desigual no país

 

Os níveis de desenvolvimento encontrados nos municípios brasileiros continuam dividindo o Brasil em dois. De um lado estão as regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, que possuem 60% das cidades brasileiras e dominaram os 500 maiores IFDMs do país, com 98,6% de participação. Do outro estão as regiões Norte e Nordeste, que respondem por 40% das cidades brasileiras e predominaram entre as 500 posições mais baixas do ranking, com 94,4% de participação. 

 

 O resultado aponta que o número de óbitos mal definidos dos municípios menos desenvolvidos é três vezes pior e a taxa de internações evitáveis por ação da atenção básica é quase o dobro da observada nos municípios mais desenvolvidos. Em Educação, as taxas de abandono escolar entre os 500 maiores IFDMs são dignas de países desenvolvidos, menores do que 1%, e contrastam com as taxas dos 500 menores, seis vezes piores. Outro ponto que ressalta a desigualdade entre as regiões é o contraste do mercado de trabalho, onde há municípios capazes de empregar formalmente mais de 40% da sua população em idade ativa e outros que não chegam a um décimo.

 

Levando em consideração o ritmo de desenvolvimento registrado no país desde 2005, considera-se que o grupo dos 500 piores IFDMs está 13 anos atrasados em relação aos padrões de desenvolvimento encontrados nos municípios que ficaram no topo do ranking. De acordo com o estudo, essas cidades menos desenvolvidas ainda não chegaram ao século XXI. 

 

Nova metodologia para os desafios do século

 

Nesta edição, a metodologia do IFDM foi aprimorada. Um dos objetivos foi situar o Brasil no mundo, buscando padrões de desenvolvimento encontrados em países mais avançados e utilizando-os como referência para os indicadores nacionais. Também foi feita a atualização de metas e parâmetros brasileiros, tornando 2010 o ano de referência para o estudo.

 

Entre as áreas de desenvolvimento, a Saúde ganhou o componente “Internação sensível à atenção básica”. O indicador acompanha as internações hospitalares que poderiam ter sido evitadas caso os serviços de atenção básica de saúde tivessem sido efetivos, como, por exemplo, as internações por anemia, hipertensão ou diabetes. Foram também incorporados parâmetros internacionais para as taxas de óbitos infantis e aumentadas as exigências com relação ao atendimento às gestantes e à identificação de óbitos.

 

Em Emprego e Renda foram introduzidos os conceitos “Desigualdade” e “Absorção da mão de obra local”. O primeiro indicador incorpora ao cálculo do IFDM o índice de Gini – medido a partir da remuneração dos trabalhadores com carteira assinada – e assim é possível avaliar a concentração da renda gerada no mercado de trabalho local. Já o conceito “Absorção da mão de obra local” mede a capacidade do município de absorver a população local, através da relação entre o estoque de trabalhadores com carteira assinada e a população em idade ativa. Nesta vertente, também foi substituída a variável salário pela massa salarial, de forma a captar a relevância econômica do município e o seu potencial de servir como vetor de desenvolvimento para outras cidades.

 

No IFDM Educação não houve inclusão de variáveis, mas sim a atualização dos parâmetros de desenvolvimento, que passaram a se basear no ano 2010, em metas de governo e em padrões internacionais. Dessa forma, foram reforçadas as exigências quanto à formação de professores e ao atendimento em creches e pré-escolas, bem como às taxas de abandono e de distorção idade-série.

 

Acesse www.firjan.org.br/ifdm para obter a íntegra do estudo, tabelas, rankings e análise dos estados.

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