O inventário é uma forma de identificar as fontes de emissão e quantificá-las para uma atividade, e se feito periodicamente pode ser usado como uma ferramenta de gestão, permitindo à empresa controlar suas emissões de GEE. Conhecimentos práticos sobre a elaboração dos documentos, aliados a uma visão de gestão de negócios, estiveram em pauta durante o encontro. “As empresas podem incluir a gestão do carbono no seu planejamento estratégico”, orientou Andrea Lopes, especialista em Meio Ambiente da Federação, que foi instrutora do curso.

A Resolução 64, de 2012, do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), exige a apresentação do inventário por parte das indústrias intensivas em carbono, tais como petroquímica, petróleo, química, produção de alumínio, cerâmica, cimento, vidro e siderurgia. A tendência, entretanto, é a ampliação do universo das empresas elencadas pelo órgão regulador. O Inea chegou a editar a Resolução 43, de 2011, que era bem mais abrangente. A legislação foi revista no ano seguinte, após atuação do Sistema FIRJAN na defesa de interesses da indústria fluminense.

 

Entre os 40 participantes, estavam especialistas do Inea e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Smac). “Acredito que as informações serão úteis para aprimorarmos processos internos e melhorar nossa gestão”, disse Taís Carvalho, geóloga da Gerência de Licenciamento de Estabelecimentos de Saúde e Resíduos, da Smac. Deste órgão, estiveram presentes ainda técnicos do setor de Monitoramento e da Gerência de Licenciamento Industrial.

Richard Kessedjian, diretor da Alfa Rio Química, destacou que a capacitação transmitiu dados relevantes sobre o tema e os impactos nos âmbitos local e nacional. “O mundo mudou e temos a necessidade de nos adequar”, observou.

Pela primeira vez, o curso incluiu o Plano de Mitigação, o que foi bem recebido pelos participantes. “Agora é hora de voltar para as indústrias e desenvolver tudo que aprendemos”, afirmou Andre Cantarelli, diretor do Sindicato da Indústria de Cerâmica para Construção e de Olaria do Estado do Rio de Janeiro (Sindicer). O objetivo da instituição é compartilhar o conhecimento adquirido com sua rede de associados, informando a importância do inventário.

A oficina é coordenada pela Gerência de Meio Ambiente, Saúde e Segurança do Trabalho do Sistema FIRJAN, que presta assessoria às indústrias. O Instituto SENAI de Tecnologia (IST) Ambiental oferece produtos e serviços, entre eles a elaboração do inventário de emissões de GEE e o plano de mitigação. O curso aconteceu nos dias 30 e 31 de agosto, na sede do Sistema FIRJAN.

Fonte: Sistema FIRJAN