“Em razão da desvalorização cambial, as indústrias estão bem mais interessadas em exportar. Estamos recebendo uma demanda bem maior do que estávamos em fevereiro de 2015”, explicou Claudia Teixeira, especialista em Comércio Exterior da FIRJAN Internacional.

Um dos destaques foram as vendas da indústria automotiva para a Argentina, que geraram U$ 54 milhões, o dobro do verificado em fevereiro do último ano. Segundo Marco Saltini, diretor da Man Latin America, a decisão do governo argentino de não mais exigir autorizações prévias para as empresas locais importarem é um dos fatores que contribuiu para esse incremento.

“Essa alteração facilitou o fluxo de comércio, propiciando o aumento das vendas. O setor automotivo está buscando se beneficiar da valorização do dólar para exportar mais, que é uma alternativa para manter indústria funcionando em um momento de crise”, afirmou.

Ainda assim, no geral, houve um recuo de 9% no total de exportações fluminenses no mês. A diminuição nas exportações foi puxada pela queda nos embarques de produtos básicos, especialmente do setor de Petróleo e Gás.

Com U$ 884 milhões exportados e U$ 775 milhões importados, a corrente de comércio apresentou redução de 22% em relação ao registrado em fevereiro de 2015.  O resultado reflete o impacto do preço do petróleo nas vendas externas, já que foram exportadas 37% mais toneladas do que em fevereiro de 2015.

Queda nas importações

Em relação às importações, houve uma redução de 33%, observada em todas as categorias de produto. A maior queda foi registrada nos combustíveis de Petróleo e Gás, cujos embarques reduziram 73%, seguidos dos bens industriais e bens de consumo.

Na contramão dessa tendência estão segmentos como Outros Equipamentos de Transporte e Máquinas e Equipamentos, que cresceram o número de produtos importados.

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Fonte: Sistema FIRJAN