EMPRESA PETROPOLITANA É UMA DAS VENCEDORAS DO PRÊMIO RIO EXPORT
Na abertura da premiação, o vice-presidente do Sistema FIRJAN, Carlos Mariani Bittencourt, destacou que o “Rio Export tem o objetivo de valorizar e estimular o desempenho das indústrias fluminenses em busca da consolidação da cultura exportadora”.
Sandra Rios, diretora do Centro de Estudos de Integração Internacional (CINDES) – uma das palestrantes do evento – e o gerente de Logística da GE Celma, Ricardo Keiper.
Além disso, Mariani lembrou da importância do debate sobre o Mercosul e entregou ao diretor do Departamento de Negociações da SECEX/MDIC, Márcio Luiz de Lima, um documento elaborado pelo Sistema FIRJAN para que chegue às mãos do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges. Em nome dos associados da Indústria, o documento expõe a apreensão diante das dificuldades dessa integração.
Conheça as premiadas
No destaque “Hors Concours” das exportações do Estado do Rio, a Petrobras foi a premiada. A empresa é líder nos mercados brasileiros de distribuição de derivados de Petróleo e de Gás natural. Em 2013, suas vendas ao exterior representaram mais de 41% de todo o volume exportado pelo estado do Rio.
A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) foi premiada na categoria “Incremento de Exportação”. Destaque em siderurgia, mineração, logística, cimento e energia, a empresa domina toda a cadeia produtiva do aço. No destaque “Maior Exportador para o Mercosul”, a vencedora foi a PSA Peugeot Citroën, que em 2013 atingiu um volume de exportações superior a US$ 750 milhões.
O destaque “Diversificação de Produtos de Exportação” foi para a empresa Osklen, que em 2013 produziu e exportou 180 itens distintos. Na categoria “Exportação da Indústria da Transformação”, a premiada foi a Thyssenkrupp CSA, que no ano passado foi a segunda maior exportadora do estado do Rio, sendo responsável por 8% dos resultados, e se destaca como a maior exportadora da indústria da transformação.
Na categoria “Exportação de Produtos com Alto Conteúdo Tecnológico”, a premiada foi a GE Celma. Localizada em Petrópolis, em seus mais de 60 anos a empresa já revisou mais de 8.500 turbinas para dezenas de companhias aéreas em todo o mundo. Em “Diversificação de Mercados de Exportação”, a vencedora foi a H.Stern, a maior joalheria do Brasil e da América Latina, que tem seus produtos presentes em 124 países.
O destaque “Emissão de Certificados de Origem” foi para a MAN Latin América, maior montadora de caminhões e a segunda maior de ônibus da América do Sul. Em 2013, comercializou 7.886 veículos para o mercado externo. A empresa Vale foi premiada na categoria “Centro Internacional de Negócios”. Ela está entre as três maiores mineradoras do mundo e tem capitalização de mercado de aproximadamente U$ 70 bilhões.
Mercosul: é hora de rever?
No documento entregue por Mariani ao diretor do Departamento de Negociações da SECEX/MDIC, o Sistema FIRJAN lembra que após 23 anos da criação do Mercosul, o bloco continua sendo prioritário para a indústria brasileira. Nos últimos 10 anos, a corrente de comércio entre o Brasil e os países membros cresceu cerca de 200%. No entanto, nos últimos anos, a agenda econômica do Mercosul foi substituída por agenda essencialmente política, o que evidencia a atual paralisia do bloco.
Por força dos diversos problemas, o fluxo comercial do Brasil com os demais parceiros caiu 6% entre 2011 e 2013, com queda de 9% nas exportações brasileiras para o bloco no período. Diante do cenário, o Sistema FIRJAN considera fundamental a retomada das reuniões de todos os organismos do Mercosul, além de defender o avanço das negociações de livre comércio com terceiros países.
No seminário, a diretora do Centro de Estudos de Integração Internacional (CINDES), Sandra Rios, apresentou o painel “Mercosul: É hora de rever o modelo?”. Para ela, diversas questões influenciam no momento de crise do bloco e a posição do Brasil dentro dele, mas o Mercosul nunca chegou perto, de fato, de ter união aduaneira. “Quando discutimos um modelo de bloco, é preciso levar em consideração a disposição e a disponibilidade dos países em cumprir os acordos. A TEC (Tarifa Externa Comum) do Mercosul tem representado custos desnecessários e perda de competitividade para todos os países”.
Márcio Luiz lembrou que, apesar de todos os problemas enfrentados, o Mercosul ainda absorve a maioria dos produtos manufaturados do Brasil, principalmente a Argentina. Segundo ele, o ministério acredita que o necessário agora é tentar flexibilizar o processo interno de decisão do bloco, levando em conta as características diversas dos países que fazem parte dele. “Estamos estudando uma maneira de melhorar processo decisório, para que seja mais dinâmico”, declarou. Para ele, eliminar a TEC não é a solução, já que traria instabilidade para diversos setores da indústria.
O debate foi mediado pelo diretor do Centro Internacional de Negócios, Amaury Temporal. Também participaram Jean-Marc Lecenete, diretor de Relações Corporativas da PSA Peugeot Citroën, e Lúcia Maduro, membro do Conselho Empresarial de Relações Internacionais e Consultora da CNI (Confederação Nacional da Indústria).