O incentivo tributário concedido pelo Governo do Estado faz parte do Programa Rio Capital da Energia, que tem como objetivo fazer do Rio de Janeiro uma referência mundial em eficiência energética. Com a diminuição do imposto, a estimativa é de que a produção fluminense de etanol cresça até sete vezes, chegando a 3,5% em cinco anos, e receba novas usinas.
 
– A produção de cana-de-açúcar já foi muito importante no Estado do Rio e agora está recuperando posições, podendo em breve suprir a demanda interna no estado. Não pretendemos ser um grande produtor, mas se apenas buscarmos atender ao consumo local, já é suficiente para crescer muito – explicou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Julio Bueno.
 
Segundo o diretor-presidente do grupo Canabrava, Ludovico Giannattasio, com o ICMS mais baixo e as novas indústrias o mercado consumidor é beneficiado diretamente. Além do aumento da oferta do etanol, as empresas geram emprego e renda para a região onde estão instaladas. A expectativa é de que sejam criados cerca de 2,5 mil empregos na unidade Canabrava-Quissamã e na Usina Santa Cruz.
 
– A redução do tributo foi o principal motivo para a decisão de inaugurar as obras da usina Canabrava-Quissamã. Já estávamos com a licença ambiental, mas aguardamos o anúncio do decreto estadual para lançar a pedra fundamental. Foi essencial também para iniciar a reforma da indústria de Santa Cruz. Nosso objetivo é aumentar a presença no estado – afirmou Giannatasio.
 
Usinas serão entregues nos próximos três anos
 
Com inauguração prevista para 2015, a nova usina de Quissamã será “uma réplica” da primeira unidade da companhia, terá capacidade de moagem de 1,5 milhão de toneladas de cana-de-açúcar e produzirá 120 milhões de litros de álcool anualmente. A unidade também irá possuir uma planta de cogeração de energia elétrica, com capacidade de 44 megawatts (MW).
 
Em 2014, o Canabrava também irá inaugurar a usina exclusiva de produção de açúcar, também em Campos. Comprada recentemente, a indústria Santa Cruz será reformada e terá capacidade para moer 1,5 milhão de toneladas de cana-de-açúcar. Serão aplicados R$ 100 milhões no espaço.
 
Fonte: Setorial News – Energia